Aula 08

Tema: O Islã e a Questão Palestina – Parte II;

Aula: Retomada da aula anterior

  • Israel e o pan-arabismo;
  • Crise do Petróleo.


O fundamentalismo Islâmico

  • Panorama Geral
  1. Principais motivos:
  • Fracasso do projeto do pan-arabismo;
  • Ressentimentos ligados a intervenção americana no Oriente Médio;
  • Pobreza econômica;
  • Conflito nacional entre palestinos e israelenses;
  • Restauração da umma.
  1. Preceitos originais do Islã:
  • Não separação entre religião e política;
  • Constituição da comunidade dos fiéis (umma) que constituiria uma única nação muçulmana;
  • Submissão do califa, chefe religioso e político, ao Corão;
  • Existência do corpo de leis das sociedades muçulmanas, Sharia, que uniria as esferas religiosa e política.
  • Surgimento de correntes políticas
  1. Contestação a condição de subordinação ao ocidente por parte dos países muçulmanos;

Principais grupos:

Egito – Irmandade muçulmana;

Argélia – Frente islâmica de salvação (FIS);

Palestina – Hamas;

O conflito nacional na Palestina

  • Nacionalismo Palestino
  1. Produção de uma enorme leva de refugiados em decorrência das diversas guerras;
  2. Consolidação da Organização de Libertação Palestina (OLP) – organização política e paramilitar tida pela Liga Árabe desde outubro de 1974 como a “única representante legítima do povo palestino.”;
  3. Deflagração das entifadas – tenaz resistência a ocupação israelense;
  4. Falência dos acordos de paz de Oslo, mediante o descontrole dos nacionalismos de ambos os lados;

Revolução Islâmica

  • Xiitas no poder
  1. Desalinhamento do Irã da influência americana;
  2. Deposição do Xá Raza Pahlevi e posse do Aiatolá (chefe religioso) Ruhollah Khomeini como líder máximo do país;
  3. O Irã deixa de ser uma monarquia alinhada ao Ocidente para se tornar uma brutal ditadura fundamentalista islâmica;

Guerra Irã x Iraque

  • Fundamentalismo x Capitalismo
  1. Guerra inicia-se em 1980;
  2. Motivo alegado: controle do Chatt-el-Arab, um canal que liga o Iraque ao Golfo Pérsico, por meio do qual é escoada a produção petrolífera do país;
  3. Após esgotarem-se (militar e economicamente), Irã e Iraque cessaram fogo em 1988, por sugestão da ONU (Organização das Nações Unidas).

Crises do Petróleo

  • Embargo da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)
  1. Embargo dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e Golfo Pérsico de distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países da Europa.
  • Fases da crise
  1. A primeira fase ocorreu em 1956 depois que o presidente do Egito na época Gamal Nasser nacionalizou o Canal de Suez até então propriedade de uma empresa AngloFrancesa. O canal é uma importante passagem para exportação de produtos da região para países ocidentais, pelo que em virtude dessa crise, o abastecimento foi interrompido, com o bloqueio do Canal, levando a um aumento súbito do preço do petróleo.
  2. A segunda fase aconteceu em 1973 em protesto pelo apoio prestado pelos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, tendo os países árabes organizados na OPEP aumentado o preço do petróleo em mais de 300%.
  3. A terceira fase, ocorreu durante a crise política no Irã e a consequente deposição de Reza Pahlevi o que desorganizou todo o setor de produção no Irã, onde os preços aumentaram em mais de 1000%. Na sequência da Revolução iraniana, travou-se a Guerra Irã-Iraque, na qual foram mortos mais de um milhão de soldados de ambos os países, tendo o preço disparado em face da súbita diminuição da produção de dois dos principais produtores mundiais.
  4. A quarta fase foi a Guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque governado por Saddam Hussein ter invadido o país vizinho Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Com a invasão das forças militares dos EUA e dos países aliados, os iraquianos foram expulsos do Kuwait. Contudo incendiaram alguns poços de petróleo do emirado provocando uma crise econômica e ecológica.
  5. A quinta fase deu-se no ano de 2008 quando os preços subiram mais de 100% entre Janeiro e Julho, em virtude de movimentos especulativos em nível global.

Referências Bibliográficas:

  • AQUINO, Rubim Santos Leão de et alii. História das sociedades. Das sociedades

modernas às sociedades atuais. 48a ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2003;

  • MORAES, Paulo Roberto. Geografia Geral e do Brasil. 3a edição. São Paulo: Editora Harbra, 2006;
  • MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo. 2a edição. São Paulo: Atual Editora, 2008;

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